Perfil - Junior Cascaria

Ele mesmo conta a trajetória de sua vida até os dias de hoje.

Junior Cascaria

"Se quiseres verdadeiramente conhecer alguém, conheça o seu passado, pois na sua história estão os indícios de seu caráter. E eu tenho uma história de vida pra lhes contar.

Nasci no dia 08 de julho de 1969, em Poção de Pedras, MA. Sou o segundo dos cinco filhos do casal Augusto Inácio Pinheiro e Raimunda Maria Batista Pinheiro.

Sou filho desta terra, desta cidade que me viu menino a correr por suas ruas, por suas ladeiras, brincar nas suas soltas, a banhar em seus açudes e reconheço até que fui um menino travesso, fama essa que me rendeu esse apelido “Cascaria”. Cresci feliz, acreditando que a vida se resumia naquela rotina: estudar e brincar, e brincar até mais do que estudar.

Emocionado ao ser homenageado pela sua  mãe.

Mal sabia eu que a vida era um pouco mais séria e complicada do que parecia. E essa verdade, que geralmente se descobre quando já somos adultos, eu a vim descobrir ainda em meio às minhas fantasias de criança, ainda menino.

Deus tem um projeto para todos nós. Em momentos de grandes aflições e de dor extrema, dor insuportável, dor que te faz perguntar a Ele – por que isso, Deus? Por que fez isso comigo Deus? – um dia você obtém a resposta e fica então sabendo que a dor é a mais significativa forma de crescimento humano.

Ao lado da mãe e das irmãs

Quando eu tinha 11 anos de idade, Deus começou a definir meu futuro, me queria adulto precocemente e para isso levou  meu PAI, Augusto Inácio. Morreu de meningite num hospital público de Coroatá, no dia 02 de outubro de 1980, aos 35 anos de idade. Deixou uma viúva e cinco filhos menores de 12 anos.

O pai é o arrimo da família, o sustento da casa, a segurança da esposa e dos filhos, a força que trabalha incansavelmente para dar o melhor à sua família, para dar o conforto e a esperança de um futuro para os filhos.

Eu perdi meu pai e me perguntava o tempo inteiro: “Deus, e agora?”

Foi em meio àquela dor dilacerante que eu conheci o meu projeto. O projeto que Deus tinha feito para mim. Eu tinha que me reerguer, crescer e ajudar minha mãe a criar meus irmãos. Aliás, naquela pouca idade, 11 anos, eu falei ao meu pai: “descansa, velho, eu cuidarei de todos por aqui.”

Então comecei a trabalhar. Consertava bicicletas na Rua Grande, era assim que eu garantia aos sábados o dinheiro pra fazer a feira e levá-la para casa. Mesmo assim as dificuldades só aumentavam. Era quase impossível de minha mãe criar cinco filhos, sozinha, numa cidade que pouco lhe ofertava. Então eu e minha família  partimos em busca de outras oportunidades. Fomos viver em Teresina onde fiz o Ensino Médio, numa escola pública , e como as possibilidades de um garoto pobre como eu ingressar numa faculdade naquele tempo era praticamente nula, eu troquei o curso superior pela escola da vida. Coloquei minha mochila nas costas e deixei mãe e irmãos, fui embora sozinho, determinado a vencer e lhes dar uma vida digna.

A minha ascensão de garoto pobre a empresário bem sucedido foi marcada pela honestidade, pelo trabalho árduo e pela promessa que fiz a meu pai.

Dep. Cléber Verde, Cascaria e vereador Valney

Fui morar no Pará, onde já morava boa parte da família de meus pais, todos comerciantes,  que tinham alguma condição financeira e que podiam me ajudar. Lavei carros, fui motorista, vendedor e gerente de loja. E com os meus rendimentos eu ajudava minha mãe, que permanecia em Teresina,  e guardava uma parte para investir no futuro.

Aluguei uma casa em Belém e abri um pequeno ponto comercial. Trouxe meu irmão, Marco Aurélio, e o coloquei para administrar uma pequena venda de material de construção, enquanto eu continuava trabalhando na empresa de meus primos.

Recebido pela Governadora Roseana Sarney

Em Teresina, minha mãe morava com minhas irmãs, tendo que trabalhar como professora de escola pública os três turnos: manhã, tarde e noite. Sendo que o terceiro turno era em Timon, MA, município vizinho a Teresina. Muitas vezes ela perdia o último ônibus que fazia linha para o nosso bairro e não conseguia voltar para casa, para não dormir na rua, dormia nos corredores dos hospitais públicos.

Meu coração apertava sempre que eu imaginava minha mãe enfrentando tanta dificuldade para dar o sustento de meus irmãos.

Foi então que, com muita dificuldade, lhe comprei um carro, um fusca. Já lhe assegurando melhores condições para trabalhar e me garantindo um pouco mais de tranqüilidade.

Resolvi investir no comércio de carros usados, que era a febre do mercado na década de 90. O que ganhei, eu poupei sempre pensando em ir mais longe. Foi quando me deparei  com um caminhão velho, um limpa-fossa, Deus agiu mais uma vez em mim, e eu soube naquele momento que ali estava o meu futuro. Economizei cada centavo. Vendi tudo que eu tinha e comprei aquele caminhão.

Emprego mais de 1500 pessoas

Abri um pequeno escritório em Castanhal, PA, e trouxe minha irmã mais velha, Ana Hilda, outra sofredora, para vir trabalhar comigo. E com o nome de  Limpa Fossa Castanhal eu e meu velho caminhão encaramos  o trabalho. Não tive medo nem vergonha porque todo trabalho é honesto, é digno. Percorri cidades oferecendo serviço. Limpei muita “merda” até chegar aqui.

Hoje tenho quatro empresas do ramo de serviços de higienização e de máquinas para edificação de estradas. Sem modéstia reconheço que sou um dos mais conceituados empresário do ramo do Pará e até mesmo do Brasil, recebi até um título no final de 2010.

Trabalhei e trabalho com a credibilidade de empresas  multinacionais como a Vale, a Alcoa, Alunorte entre outras.

Sou responsável pelo bem estar de toda a minha família, que Deus ampliou, pois  já não são apenas minha mãe e meus irmãos.

 “Crescei e multiplicai-vos”, disse nosso Deus.

Com a esposa Carla e os dois filhos

Multipliquei-me. Conheci a mulher da minha vida, minha linda esposa Carla Fernanda e tivemos nossos dois tesouros, Camila e Tiago.

A minha família hoje é além da minha, a de mais de 1500 funcionários que trabalham direta ou indiretamente comigo. Homens e mulheres, pais de família a quem minha empresa gera emprego, renda e dignidade de vida.

Poção de Pedras sempre foi meu lar. Durante todo esse tempo que fui batalhar fora daqui, nunca faltou oportunidade de voltar, de abraçar meus amigos e relembrar os velhos tempos.

Nunca tive pretensões políticas, mas toda vez que eu vinha a Poção de Pedras eu percebia o quanto minha cidade foi esquecida por seus administradores. Parece até que parou no tempo, estava abandonada. Não por Deus, mas por seus governantes.

Os anos se passavam, prefeitos mudavam, mas a cidade ainda na mesma,  um caos. Desemprego, abandono da população carente, nenhuma pavimentação das ruas, nenhuma rede de esgoto, lixo a céu aberto, estradas esburacadas, saúde pública  na UTI e educadores mal pagos e perseguidos. 

Esse cenário sócio-político ainda existe, ainda não mudou. Meus conterrâneos depositaram todas as suas esperanças em um jovem promissor que foi eleito, mas que, assim como os antecessores, resignou-se a fazer uma política de favores pessoais e esquecer o bem-estar social, ele não trabalhou pela comunidade.

Não vou aqui abrir um leque de promessas, mas garanto que mesmo sem ter um título de doutor, sem nunca ter sido um Einstein, SOU e sempre serei HONESTO, TRABALHADOR, COMPROMETIDO E PREOCUPADO EM FAZER O BEM MAIOR À POPULAÇÃO E SONHAR COM POÇÃO DE PEDRAS DO SÉCULO XXI, SEM ATRASOS, SÓ PROGRESSO.

Em casa, recebe amigos e familiares para almoço.

Essa é a história que eu queria compartilhar com meus irmãos poçopedrenses. Deus tem um projeto para todos nós. E eu sou parte do projeto de CRESCIMENTO e de MUDANÇAS  da minha cidade.

Dê-me a oportunidade, dê-me a sua confiança que eu trarei a PROSPERIDADE a POÇÃO DE PEDRAS e a seus moradores com toda a seriedade,  a honra e o compromisso do meu trabalho.

Augusto Inácio Pinheiro Júnior – Júnior Cascaria