Suspeita de canibalismo diz que comia fígado de vítimas e fazia salgadinho de carne humana
0
Comentários
Da Folha.com:
São Paulo – Um vídeo gravado
mostra Isabel Cristina da Silva, uma das acusadas de matar, esquartejar e comer
ao menos cinco pessoas em Pernambuco, descrevendo como fazia os assassinatos e
o preparo de salgadinhos de carne humana.
Isabel revela que eles
comeram 10 kg de carne humana entre três e cinco dias. “Bruna faz dieta, mas
quando ela come carne como mesmo. Agora, eu já gosto mais de arroz e não como
muita carne. Essa carne só durou pouco por causa da Bruna e da menina porque elas
gostam muito de carne. A menina não sabia, ela pensava que era carne comum”.
“Eu não comi muito a carne
porque não sou de comer muito. Eu comi o fígado e alguns pedaços do corpo, mas
não comi o coração”, diz Izabel.
Isabel é casada com Jorge
Beltrão Negromonte da Silveira, 51. O casal vivia com a amante dele, Bruna
Cristina Oliveira da Silva, 25. Os três são suspeitos de matar, esquartejar e
comer pedaços dos corpos de pelo menos três mulheres nas cidades de Olinda e
Garanhuns.
Uma menina de 5 anos morava
com eles. A polícia diz que ela é filha de Jéssica, morta por eles em 2008, em
Olinda, quando tinha 17 anos.Pedaços dos corpos das mulheres assassinadas por
membros de uma seita em Garanhuns (234 km de Recife) eram utilizados para
rechear salgados vendidos por uma das suspeitas, diz a Polícia Civil.
De acordo com o comissário
da Delegacia de Garanhuns, Demócrito de Oliveira, a comerciante ambulante
Isabel Cristina Oliveira da Silva, 51, confessou em seu depoimento que fazia e
vendia pastéis e empadas nas ruas da cidade com se fossem salgados de carne
bovina.
A morte de Jéssica é contada
em detalhes no livro “Revelações de um esquizofrênico”, escrito por Jorge em
2009 e registrado em cartório em 28 de março deste ano. No livro, a amante de
Jorge, Bruna, aparece com o nome de Jéssica, porque usava a identidade da
vítima.
“Ao olhar para o corpo já
sem vida da adolescente do mal, sinto um alívio. Pego uma lâmina e começo a
retirar toda a sua pele, e logo depois a divido. Eu, Bel e Jéssica nos alimentamos
com a carne do mal, como se fosse um ritual de purificação, e o resto eu
enterro no nosso quintal”, diz um trecho.
Em entrevista à TV Jornal,
de Pernambuco, Jorge Negromonte da Silveira, 51, admitiu ter matado as três
vítimas, mas se recusou a chamar a atitude de assassinato. “Eu digo que foi
missão porque nenhuma folha cai sem a permissão do grande Deus. Todas essas
pessoas estão purificadas. Todas estão com Deus e purificadas”, disse Silveira,
atrás das grades.
Ele disse à TV que as
vítimas eram escolhidas por dois seres que ele chamou de arcanjo e querubim.
“Nessas duas últimas missões, quem me ajudou foram as duas pessoas, duas
crianças ainda, um branco e um negro, que desde cedo estão na minha vida e que
passam todas essas informações para mim”.
Jorge afirmou não ter
religião e disse que comia a carne das vítimas para completar o ritual de
purificação. De acordo com ele, sua mulher, Isabel Cristina Torreão Pires da
Silveira, 51, era quem atraía as vítimas. “Ela começava a mostrar filmes bons.
No momento, a pessoa ia melhorando.
Depois que conversava, a
gente via que a hora tava certa pelas quantidades de palavras boas e palavras
ruins que ela falava”.
O suspeito de matar as
mulheres disse não recordar o que usava para esquartejá-las, mas afirmou que
não havia tortura. “Ela [a vítima], antes [de ser morta], chorava e falava
alguma coisa, e eu dizia: seus pecados estão perdoados”.
(Blog do Décio)
0 Comentários