Veja como funcionava o esquema de agiotas que envolvia prefeituras do MA
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Segundo polícia, dinheiro
saía de programas como o Pnae e o FPM.
Quadrilha também utilizava
'laranjas' no esquema, alguns já mortos.
Da nossa região se destaca Bacabal, Lago Verde, Marajá do Sena e Lagoa Grande do Maranhão.
Em Lagoa Grande, nesse respeito, alguns vereadores estão montando uma Comissão para investigar os contratos relacionados a mereanda escola.
Em Lagoa Grande, nesse respeito, alguns vereadores estão montando uma Comissão para investigar os contratos relacionados a mereanda escola.
Veja a lista completa:
Do G1 MA com informações da
TV Mirante
As investigações que apuram
a morte do jornalista Décio Sá, executado a tiros há um ano, desmontaram um
esquema milionário envolvendo uma quadrilha de agiotas e várias prefeituras
maranhenses. De acordo com a Polícia e o Ministério Público, o bando montava
empresas de fachada para vencer licitações direcionadas e utilizava ‘laranjas’,
entre eles pessoas que já faleceram, como mostrou o JMTV 2ª Edição desta
terça-feira (23).
As fraudes, segundo a
polícia, envolveram 41 prefeituras municipais. As investigações são referentes
do período de 2008 a 2012. Para financiar suas campanhas, os gestores contraíam
empréstimos com a quadrilha, que pegava dinheiro público como pagamento. Entre
elas Zé Doca, cidade com 50 mil habitantes, localizada na região oeste do
Estado e com carência graves em várias áreas.
O próprio ex-prefeito,
Raimundo Nonato Sampaio – conhecido como Natim, admitiu que, em 2008, realizou
um empréstimo com a quadrilha no valor de R$ 100 mil e que uma das empresas de
Gláucio Alencar, apontado como um dos chefes da quadrilha, ganharia uma
licitação para fornecer a merenda escolar à cidade.
Gláucio Alencar e o pai
dele, José de Alencar Miranda Carvalho estão presos desde o ano passado,
acusados de serem os mandantes da morte do empresário Fábio Brasil, em
Teresina, um ex-sócio do grupo, que deu um calote na quadrilha. Também são
acusados do assassinato do jornalista Décio Sá, que apontou, em seu blog,
indícios da participação do grupo no crime do Piauí.
Investigações apontam que 41
cidades maranhenses estiveram envolvidas com agiotagem.
do Blog do Luís Cardoso
Foi a partir desses
assassinatos que a polícia descobriu o esquema de agiotagem. Segundo as
investigações, o grupo agia sempre do mesmo jeito. Após pegarem empréstimos
para as campanhas, os prefeitos facilitavam a licitação para empresas fantasmas
dos agiotas, que eram contratadas para fazer serviços e fornecer produtos, como
merenda escolar e até reformas de prédios públicos.
Outros documentos
apreendidos na casa do chefe da quadrilha, Gláucio Alencar, mostram que ele
usava pelo menos 35 empresas que teriam sido montadas só pra participar de
esquemas desse tipo.
Segundo a polícia, 41
prefeituras estariam envolvidas nas fraudes. Alguns prefeitos, endividados,
chegavam a assinar cheques em branco da prefeitura para pagar os agiotas ou
preenchidos e endossados pelo prefeito para que os agiotas pudessem fazer os
saques. O dinheiro saía direto de contas de programas federais – como o
programa nacional de alimentação escolar (Pnae) e o Fundo de Participação dos
Municípios (FPM).
Dois desses cheques
apreendidos são da prefeitura de Arari, assinados pelo então prefeito José
Antonio Nunes Aguiar. Um deles, no valor de R$ 102 mil. O ex-prefeito não foi
encontrado para falar sobre o assunto.
Em poder da quadrilha também
foram encontrados cheques da cidade de Rosário, assinados pelo ex-prefeito,
Marconi Bimba. Não se sabe o tamanho das irregularidades praticadas em cada
município.
Em São Domingos do Azeitão,
no sul do estado, somente um dos cheques encontrados com os agiotas tem o valor
total de R$ 780 mil.
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