O Prefeito já deixou a crença? Mas quem é o culpado? Ele ou os pastores que o convidaram na hora do culto?

Depois da postagem do Blog do Carlinhos na semana passada que mostrou fotos do prefeito Cascaria confraternizando com figuras de seu grupo político, choveu comentários indagando se o prefeito Cascaria tinha deixado à crença. Pelas imagens fico na dúvida. O nosso gestor aparece em fotos diante de uma mesa cheia de whisky, cerveja, mas em nenhuma cena ele aparece bebendo. No ambiente também tinha outros crentes, como o vereador  Valney Gomes e o comerciante Jerry Bezerra. Sobre a religiosidade do prefeito Cascaria, soube que ele frequentou com muita seriedade a Igreja Evangélica da Paz em Castanhal (PA), depois acabou se afastando. Convidado ilustre para o congresso da UMADEPP no templo central da Assembleia de Deus de Poção de Pedras, durante a pregação, o prefeito foi convidado por um pastor para regressar ao evangelismo, Cascaria, visivelmente emocionado, aceitou o convite.( clique e reveja).

Depois disso, caso o prefeito tenha novamente deixado a crença e voltado aos prazeres mundanos como a bebida, - podem me chamar de babão do senhor prefeito, - mas a minha opinião é que os culpados são os pastores e dirigentes que ficam insistindo aos visitantes entrarem na crença sem mais , nem menos.

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É uma das coisas que não aprecio quando visito uma Igreja Evangélica. A gente vai de coração aberto aso cultos, acaba se emocionando com os cânticos, a pregação, o clima de harmonia entre os irmãos, o coração se sente pacificado, naquele momento desejo seguir aquele estilo de vida. Sim, nesses momentos os visitantes são presas fáceis ao proselitismo. O pastor o convida-o a aceitar Jesus, as pessoas ao lado do visitante o incentiva ir a frente e entregar sua vida a Cristo. Muita gente acaba aceitando o convite, não resiste a emoção, ajoelha-se diante da igreja e confirma os novos votos. Um alvoroço toma conta dos membros antigos da igreja: “mais uma alma salva, Viva a Jesus!” Passado alguns dias, o recém-convertido acaba no descaminho, ou vivendo como ele vivia. Os crentes, observando a atitude daquela pessoa, começam importuná-lo, afirmando que ele não quer nada sério com Deus e que abandonou a verdade rapidamente. “Foi lá para igreja apenas para nos enganar, mas não engana a Deus, esse perdido que vai queimar no inferno!” O visitante acaba se arrependendo de ter ido a Igreja, o culto acabou trazendo-lhe sérios problemas de consciência.

Mas de quem é realmente a culpa?

Acredito que tenha sido isso o caso do prefeito Cascaria e de muitas pessoas que vão de boa fé a igreja e voltam para suas casas convertidos, sem nenhum preparo para dar seguimento a nova vida. Nesse caso, os pastores são culpados por impor esse tipo de convite aos visitantes.

Uma pessoa que aprecia a bebida alcoólica, vai numa igreja a convite de um amigo, namorada ou parente e volta convertido, como se tivesse caído numa armadilha. Será que essa pessoa terá estruturas psicológicas e físicas para abandonar de uma hora para outra o vício? Só com um milagre.

As Testemunhas de Jeová dão um excelente exemplo nessa questão. As pessoas que visitam as reuniões nos Salões do Reino regressam a suas casas como visitantes. Ninguém é convidado, pressionado a ingressar em suas fileiras como membro. A pessoa que deseja se tornar Testemunha de Jeová precisa passar por um estudo bíblico demorado; esclarecedor, uma forma de conhecer a Igreja, suas normas e aos poucos se preparar para os padrões de vida aconselhados por elas. Depois de longos meses, às vezes anos frequentando e participando das reuniões nos salões do reino, o estudante que deseja se batizar terá incumbência de responder um questionário com centenas de perguntas relacionadas a vida cristã, conhecimentos bíblicos, aptidões, etc. e depois um conselho de anciões (pastores) decidem se aprovam ou não o batismo do estudantes. Ninguém se transforma em TJ da noite para o dia.

Cascaria jamais se tornaria Testemunha de jeová se participar apenas de uma ou algumas reuniões nos Salões do Reino.

Seria muito bom aos pastores e dirigentes das Igrejas Evangélicas tratarem esse assunto mais cautela e responsabilidade ao convidar os visitantes incautos durante os durante seus cultos. Ora, você conhece um irmão(ã) que permaneceu na crença ao ser chamada para se converter durante um culto?