Compartilhe essa Notícia:

Em resposta a um comentário no Blog,


A Igreja de Jesus é invisível, espiritual, o Corpo dEle (Efésios, cap. 1.º e cap. 5). Todo o resto (isto é, Igreja Católica, Igreja Batista, Assembleia de Deus, Igreja da Graça, etc.) são meras denominações religiosas. Você pode estar em qualquer uma dessas denominações (por melhor que elas sejam), mas se não estiver ligado em Jesus Cristo, você está perdido (João, cap. 15).

Caro anônimo, permita-me discordar de você em alguns pontos.

Vossa senhoria fala “do lado obscuro dessa religião [isto é, o protestantismo] que não tem bases teológicas que confirmam a sua autenticidade”, fala de “uma religião que ainda não tem 600 anos direito” e deixa bem claro: “E os católicos, a única religião que tem um laço familiar mais autêntico com o próprio Cristo...”

Continua...

O problema de vossa senhoria e da maioria do povão quando fala em religião é que acreditam que o nome, o título de sua organização religiosa é o que importa. Para a maioria das pessoas, Igreja é uma organização religiosa, quando, na Bíblia, é um organismo espiritual, invisível, o Corpo de Cristo.

Jesus não está preso ou restrito a uma denominação religiosa específica, mas Ele deixou bem claro: “Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mateus 18.20). Igreja, meu amigo, é um ajuntamento de pessoas reunidas em nome de Jesus. Pode se dar o nome que se der, mas não é a “boniteza” do nome que prova a presença de Jesus num lugar.

Essa história de que a religião protestante tem 600 anos. Nunca houve essa tal religião protestante. Quando o Cristianismo cresceu tanto que chamou a atenção dos reis, tornou-se uma organização política, cheia de homens fanáticos pelo poder – aí recebeu nomes pomposos tais como “Igreja Católica Apostólica Romana”, “Igreja Ortodoxa”, “Igreja dos puritanos”, “Igreja dos verdadeiros santos”, etc. Mas dê uma olhada básica no livro-texto que conta a história da igreja original (Atos dos apóstolos) e lá você não encontrará pastores negociando a fé, igrejas buscando favores do Estado ou uma elite religiosa como o Vaticano.

Leia Atos dos apóstolos e você verá como era a igreja original. Uma comunidade de cristãos simples, reunindo-se nas casas (e não em templos suntuosos), adorando e louvando somente a Jesus (e não aos amigos ou parentes dEle); uma comunidade que não possuía um nome oficial, mas era chamada (pelo povão) de cristãos, povo do Senhor, filhos de Deus, comunidade dos salvos, etc. Leia Atos dos apóstolos e você verá Pedro, Paulo, Felipe e muitos outros fazendo a obra de Deus da forma mais simples possível, sem ninguém dominando ninguém e nenhum cabeça para comandar todo mundo, nenhum Papa.

Para a maioria das denominações evangélicas, a salvação não está na Igreja, mas em Cristo. Você não vai encontrar alguém dizendo: “Fora da Igreja Evangélica não existe salvação”. E, mesmo que encontre, não existe nenhum documento oficial afirmando isso. Não existe esse dogma na maioria das igrejas evangélicas.

Mas, pelo contrário, é doutrina oficial da Igreja Católica Apostólica Romana (registrado em documento) que, fora dela, não existe salvação. Isso não é uma afirmação de algum católico radical, mas é doutrina da denominação a que ele pertence.

Isso cria um sério problema:

Quando os católicos, inclusive o Papa, chama os evangélicos (protestantes) de irmãos, o que realmente querem dizer com isso?

1 - Se a salvação só está na Igreja Católica, então os evangélicos (protestantes) estão fora, isto é, perdidos – nesse caso, não podemos ser irmãos na fé.

2 - Se pode haver salvação também para os protestantes (mesmo fora da Igreja Católica), então por que os esforços do Vaticano em querer trazer os ex-católicos (agora evangélicos) de volta para o seio de sua denominação religiosa?

Mas a Bíblia não ensina que a Igreja de Cristo é única?

Sabem qual a solução desse enigma, meus amigos?

A Igreja de Jesus é invisível, espiritual, o Corpo dEle (Efésios, cap. 1.º e cap. 5). Todo o resto (isto é, Igreja Católica, Igreja Batista, Assembleia de Deus, Igreja da Graça, etc.) são meras denominações religiosas. Você pode estar em qualquer uma dessas denominações (por melhor que elas sejam), mas se não estiver ligado em Jesus Cristo, você está perdido (João, cap. 15).

“Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8.9)

Onde Jesus pode ser encontrado?

“Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mateus 18.20).

O mais é invenção dos homens.

Finalizando, você deixa bem claro que um verdadeiro cristão “... não critica,...”. Logicamente, podemos concluir:

1 – Ou você é um cristão que foge ao seu próprio conceito, pois o que mais fez aqui foi criticar (inclusive de forma desrespeitosa, usando a expressão “jumento de gravatas”);

2 – Ou você não é um cristão, pois fez bastante críticas e disse que um verdadeiro cristão não critica.

Na verdade, biblicamente, criticar não é pecado, é um mandamento divino. Devemos usar o nosso senso crítico em todas as áreas, inclusive na religiosa, pois para isso Deus nos deu uma mente sadia.

“... mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom;” (1 Tessalonicenses 5.21)

“Não julgueis pela aparência, mas julgai segundo o reto juízo.” (João 7.24).

“E falem os profetas, dois ou três, e os outros julguem.” (I Coríntios 14.29)

“Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e por causa dele não sofrerás pecado.” (Levítico 19.17).

“Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe na cara, porque era repreensível.” (Gálatas 2.11)

“... prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino.” (2 Timóteo 4.2)

“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” (1 João 4.1).

Portanto, o cristão deve sim, criticar e julgar (contanto que não seja pela aparência). O problema de muitas pessoas é que não sabem criticar e apelam logo para os termos pejorativos. Em vez de criticar a atitude ou pensamentos de algumas pessoas, acha mais cômodo chamá-las de “jumentos de gravatas”. Penso que se existem jumentos de gravatas, também devem existir burros de batinas.


Texto de Moacir R. S. Junior – morganne777@hotmail.com

⬇️⬇️ COMENTE AQUI ⬇️⬇️

6 Comentários

  1. Como é maravilhoso ouvir/ler a verdade.
    Deus continue o abençoando com conhecimento Moacir Júnior.

    Patrício Ribeiro Félix

    ResponderExcluir
  2. Belo texto! Você escreve muito bem! Entretanto, acredito que faltou profissionalismo e imparcialidade de sua parte ao citar algumas religiões, e esquecer da SUA (Testemunhas de Jeová).
    No mais, parabéns pelo texto! Leve isso como um crítica construtiva.
    PS.: Imagino que para "proteger" sua religião este comentário não será publicado, mas tudo bem. O recado foi dado ao autor!

    ResponderExcluir
  3. Exatamente cristo é um só para todas as igreja,mais vc carlinhos gosta de ver a casa pegando fogo cuidado com vc, pois pode a quaquer monemto receber o seu propio castigo abra bem os olhos ,e não fique postando rebeldia entre as igrejas de cristo jesus por que somos todos filhos e filhas de Deus pai o criador de tudo.

    ResponderExcluir
  4. Belo texto e prova de grande conhecimento filosófico do irmão Moacir. Pena que não vale a pena responder a um anônimo (que deve ser sócio de alguma seita) sem conhecimento algum.

    ResponderExcluir
  5. Gostamos do termo "organismo espiritual". Parabéns

    ResponderExcluir
  6. Engraçado que não é citado a babel protestante, a babozeira do comércio da fé... a venda de lugares no céu.
    A sua história deve ser a história marxista do MEC, que não fala da inquisição protestante, que saqueou e matou pessoas, e nem de lutero, e a sua intenção com a divisão da igreja e se esquece que a bíblia fala que toda a divisão provém do demônio, e hoje está ai milhões de igrejas enchendo o bolso de lobos mercenários que brincam com a fé do povo de Deus.

    ResponderExcluir