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A Polícia Federal cumpriu mais de 100 mandados de busca e apreensão contra apoiadores radicais do presidente Jair Bolsonaro suspeitos de financiar e organizar atos antidemocráticos. O Supremo Tribunal Federal também determinou quatro prisões. Dois deputados vão ter que usar tornozeleira eletrônica.


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a operação depois da análise de relatórios feitos por uma rede de inteligência formada nos estados pelo Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal.

A rede de inteligência identificou grupos organizados para financiar as manifestações antidemocráticas e os acampamentos montados em frente aos quartéis em defesa de um golpe de estado.

Segundo o STF, os grupos propagaram o descumprimento e o desrespeito ao resultado do pleito eleitoral para presidente e vice-presidente da República, proclamado pelo Tribunal Superior Eleitoral em 30 de outubro último, além de atuar pelo rompimento do Estado Democrático de Direito e instalação de regime de exceção, com a implantação de uma ditadura.

Além dos financiadores dos protestos pró-golpe, os vários setores de inteligência levantaram os nomes de arrecadadores de recursos, líderes dos movimentos e donos de caminhões e veículos que participaram de protestos e bloqueios de rodovias por não aceitarem a derrota do candidato Jair Bolsonaro.

A rede de apoio aos atos golpistas inclui auxílio logístico e de estrutura que vão do transporte de pneus a serem queimados, barracas e banheiros químicos.

Os bolsonaristas radicais fecharam estradas em todo o país impedindo até mesmo o deslocamento de pessoas com problemas de saúde, como o menino Gabriel, de nove anos, que foi proibido de seguir em um ônibus para fazer uma cirurgia de emergência em Cuiabá, no Mato Grosso.

A operação desta quinta-feira (15) foi a maior já realizada até agora contra os movimentos que questionam o resultado legítimo das eleições.

Os alvos da operação são investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de estado, crime contra a honra e incitação ao crime.

Como parte do inquérito dos atos antidemocráticos, o ministro Alexandre de Moraes determinou 103 medidas de busca e apreensão no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina. A Polícia Federal também cumpriu mandados relacionados ao inquérito das milícias digitais e das fake news em Rondônia e no Espírito Santo, onde há quatro pedidos de prisão.

Um dos alvos, o vereador Armandinho Fontoura, se apresentou voluntariamente à PF. Ele é investigado por usar sua rede social para incitar a subversão da ordem e quebra da normalidade democrática.

Proprietário de um site, Jackson Rangel Vieira também está preso por disseminar fake news e atentar contra o Estado de Direito. Ele responde a 30 processos.

Na lista de pedidos de prisão ainda estão o pastor Fabiano Oliveira, investigado por integrar um movimento que ataca sistematicamente o sistema eleitoral e o STF, e o empresário Maxcione Pitangui, que faz campanha permanente contra o processo eleitoral e em defesa de um golpe militar, o que é inconstitucional.

Alexandre de Moraes também determinou que os deputados estaduais do Espírito Santo Capitão Assumção, do PL, e Carlos Von, do partido Democracia Cristã, passem a usar tornozeleira eletrônica, sejam proibidos de deixar o estado, de utilizar redes sociais, dar entrevistas e participar de eventos públicos.

Houve busca e apreensão nas casas e nos gabinetes dos dois deputados. Capitão Assumção e Carlos Von são investigados por fazer parte da milícia digital que incentiva ataques ao Supremo e à democracia.

O ministro Alexandre de Moraes determinou, ainda, a apreensão de passaportes, quebras de sigilo bancário, suspensão de certificados de registro de colecionador, atirador desportivo e caçador (CACs), bloqueio de contas bancárias e de perfis em redes sociais de dezenas de suspeitos de organizar e financiar atos antidemocráticos.

Durante a operação, a Polícia Federal encontrou 11 armas em um endereço em Santa Catarina, entre elas uma submetralhadora, um fuzil, rifles com luneta e munição. Em outro endereço no mesmo estado, os policiais encontraram quatro armas registradas e uma sem registro.

Em uma rede social, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, destacou que nas operações policiais contra atos antidemocráticos, determinadas pelo STF, foram encontradas várias armas (submetralhadora, fuzil, rifles com lunetas etc). “Definitivamente isso não é liberdade de expressão”, disse.

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2 Comentários

  1. Judiciário virou palhaçada! Alexandre de Moraes atropela MPU, PF, STF, TSE, Etc.. Invade competência do Presidente da República, Congresso Nacional, Etc.. Moral da história o cara é o Chefe do Brasil. E o que a OAB/CONGRESSO faz? PORRA NENHUMA. Judiciários, os maiores corruptos do BRASIL. #OCrimeCompensaNoBrasil

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  2. Só quem poderia tomar as rédeas do Brasil seriam as Forças Armadas.

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