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Levantamento do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas mostra que a chamada inflação do Natal – dos produtos que fazem parte da ceia – é quase três vezes maior do que o índice geral de inflação.

Quem conseguir usar o 13º para as compras de Natal precisa se preparar: os produtos da ceia subiram acima da inflação.

Na pesquisa por produtos da ceia, em cada banca, um susto.

“Muito caro, muito caro”, reclama a aposentada Angela Regina Gomes.

“Realmente tudo está muito caro, muito difícil”, diz outra consumidora.

Nem a concorrência tradicional entre os vendedores de um mercado municipal conseguiu conter os aumentos.

“A gente está olhando, pesquisando, mas as coisas estão muito caras. Então, a ideia é encontrar dentro do nosso orçamento o que a gente pretende para fazer a ceia”, afirma o aposentado Antônio Baiense.

Um levantamento feito pelo Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas mostra o que está todo mundo percebendo na hora das compras de fim de ano. A chamada inflação do Natal – dos produtos que fazem parte da ceia – é quase três vezes maior do que o índice geral de inflação medido pela FGV.

“Todos esses itens natalinos, vamos chamar assim, subiram mais do que a média nesse último ano. E um destaque especial para alimentos, que, de longe, são o que mais vai desafiar, vamos dizer assim, o bolso do consumidor”, explica o economista Matheus Peçanha, da FGV/Ibre.

O desafio vai ser montar uma ceia com tradição e alguma economia. O problema é que não são só os pratos principais que ficaram mais caros. Os acompanhamentos também estão com preços bem salgados. Aí cada um está encontrando uma receita.


As aves e o bacalhau subiram mais de 11%. O vendedor Josias oferece cortes diferentes do peixe para tentar diminuir a conta. Mas ainda tem o azeite (9,51%), a azeitona (9,72%), a batata (29,92%), as frutas (38,82%)... Tudo mais caro. Só a cebola subiu 167%.

A autônoma Sônia Cristina quer o bacalhau, mas do mais barato.

“Lasca, que é mais em conta e dá menos trabalho, porque ela já vem em lasca, e você não precisa ficar perdendo tempo. Aí bota azeitona preta, verde... Você já economizou no bacalhau? Então você já acrescenta os outros ingredientes, que vão deixar mais saboroso”, conta.

Nilma das Chagas, este ano, precisou fazer uma ceia mais simples, mas a alegria de celebrar em família vai ser a mesma de sempre, com qualquer cardápio.

“Um arrozinho à la grega, tipo com cenourinha, um franguinho... Está lindo, está maravilhoso. O bacalhau fica só no pensamento. Aí você come aquilo e imagina o bacalhau, toma aquele vinho. Bebe e fica por satisfeita, e fim de papo. É o jeito. Está muito caro”, diz

Fonte: Jornal Nacional

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