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Números se referem às queimadas registradas em todo o primeiro semestre deste ano.



O Maranhão enfrenta uma escalada de queimadas em vegetação, neste ano, ao registrar cerca de 2269 focos de incêndios, entre os meses de janeiro a junho. Os números representam um aumento de 58%, em comparação ao mesmo período, no ano anterior.

Apenas no mês de junho, foram contabilizados 1097 focos, sendo a maioria concentrada no bioma identificado como cerrado. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado chegou, neste fim de semana, à segunda posição no ranking de unidades federativas com o maior número de queimadas, atrás apenas do Mato Grosso. Os municípios de Balsas e Mirador destacam-se, por sua vez, na lista dos dez municípios brasileiros com maior número de queimadas.

Na região Sul do estado, onde se concentra a maior parte da produção agrícola do Maranhão, os agricultores estão adotando medidas preventivas para evitar que o fogo atinja as lavouras de milho, cujo processo de colheita está sendo realizado em meio a condições climáticas mais secas. Além disso, teme-se que as queimadas atinjam a palhada [restos de plantação deixados no solo como adubo].

A queima da palhada resulta na perda de nutrientes do solo, podendo levar até cinco anos para sua recuperação. Conscientes dos riscos, a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MA) tem enfatizado a necessidade de intensificar as medidas de prevenção, bem como fortalecer a fiscalização dos órgãos ambientais e da polícia para combater os incêndios criminosos.

“Todo agricultor já vem fazendo as suas contenções e, também, se precavendo nessa colheita. Perto do cerrado, na beira das estradas, [os produtores] vêm fazendo essas contenções, para não haver a queima do solo, que é o material que fica ali, mas também a queima no cerrado”, disse o vice-presidente da Aprosoja-MA, José Carlos de Paula.

O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) já se encontra em alerta, tanto para as queimadas em áreas urbanas quanto rurais. O órgão orienta a população a evitar o uso do fogo na limpeza de terrenos, buscando alternativas mais seguras e sustentáveis.

“A confecção de aceiros ao redor da área de plantio. Caso tenha que efetuar alguma limpeza de terreno, e que seja, de fato, o uso do fogo uma opção, que [o cidadão] entre em contato com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA-MA), para se fazer a queimada de forma regular, que é a queima controlada; que é uma queima autorizada, junto à SEMA-MA, e não efetuar o uso do fogo, senão dessa forma. Caso contrário, efetuar e procurar meios sustentáveis de manejo da terra”, observou o Capitão do Corpo de Bombeiros do Maranhão, Marlon Cruz.

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2 Comentários

  1. O Bolsonaro continua tocando fogo? Que dizer que o Lula não consegue nem impedir isso? Porque o silêncio na imprensa red? Ah, sei...

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  2. Só estamos nesse lista por causa das prefeituras que não nos dar apoio agrícola, então única saída que temos é roçar e queimar para poder plantar.

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