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A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Maranhão (ADEPOL-MA) vem denunciando a falta de delegados em vários municípios, sendo que, naqueles que têm delegacia, há sérios problemas na estrutura física dos espaços e até falta material básico para trabalhar nos expedientes. 

Foram três meses de levantamento feito pela associação, registrando a situação das delegacias no Maranhão. O relatório parcial desse trabalho foi divulgado na última terça-feira (11) pela ADEPOL, mostrando várias fotos do que foi encontrado. 

"Falta até o básico para nós, não vou nem ficar falando de investimento em tecnologia porque não tem nem o fundamental como material de expediente, colchões, ar condicionado e outros", disse o Presidente de ADEPOL Márcio Fábio Dominici.  

"Muitos delegados, por pura cordialidade, aceitam responder por duas, três, quatro cidades. Isso é humanamente impossível, é um faz de conta. Não há como um profissional sozinho responder por mais de uma delegacia de polícia e, quiçá, por seis cidades. Óbvio que a qualidade de investigação fica prejudicada, o Ministério Público não tem como fazer uma denúncia de qualidade e o Poder Judiciário não tem como manter o investigado com uma sentença firme", continuou.

Além da infraestrutura, o relatório aponta a falta de mão de obra para atender as vítimas de crimes. De acordo com a associação, hoje aproximadamente 150 delegacias no estado não possuem delegados, além disso, o Maranhão tem 397 delegados, número muito abaixo do ideal estabelecido pela Organização das Nações Unidas. De acordo com a ONU, o ideal seria um delegado para cada 10.000 habitantes. Fazendo as contas, com uma população de quase 7 milhões, o estado deveria ter pelo menos 700 delegados. 

O descaso é mais comum no interior, mas também acontece na capital, tal como é possível comprovar na Delegacia da Vila Embratel, localizada na região do Itaqui-Bacanga, uma das mais populosas de São Luís, uma vez que não há delegado no 16º DP da localidade.

O Maranhão é o segundo estado do país que menos investe em segurança pública de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ficando a frente apenas do Piauí. O resultado disso a população conhece de perto através do aumento da violência. 

O estado registrou um aumento de mais de 6% nas mortes violentas intencionais registradas no primeiro trimestre deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado. O dado é do índice nacional de homicídios, criado pelo G1 com base nos dados oficiais dos estados e Distrito Federal. O levantamento somou homicídios, feminicídios e latrocínios. Isto é, houve um aumento de 412 para 439 mortes. 

- Com informações do JMTV 

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1 Comentários

  1. Delegado tem, o problema é a má distribuição enqto falta em muitos lugares tem sobrando em outros, te informa qts Delegados tem por exemplo em Timon

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