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Fazendeiro Gecione 

O Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA) ofereceu denúncia contra o advogado Dr. Joney Soares Santos, morador de Joselândia, acusado de mandar matar o fazendeiro Gecione Diniz de Lima, no dia 26 de abril de 2022. O crime aconteceu na fazenda de propriedade da vítima, localizada no povoado Santa Luzia, em Joselândia. 

Segundo apuração, o vaqueiro e funcionário da fazenda, Francimar de Miranda Pereira, foi o executor do assassinato do próprio patrão. O vaqueiro acabou morto horas depois por um irmão da vítima, que agiu em legítima defesa da sobrinha, disparando uma arma de fogo no vaqueiro, após este atacar com um facão a filha de Gecione, que o acusava de ter matado o seu pai.

O promotor Francisco Jansen Lopes Sales, investigou e pronunciou contra o advogado Dr. Joney, acusando-o formalmente como mandante do assassinato de Gecione. A Justiça recebeu e aceitou a denúncia. Na manhã de quarta-feira, dia 2, acontece a audiência de instrução e julgamento no fórum da Comarca de Joselândia, presidida pelo juiz Bernardo Luiz Melo Freire, em que serão ouvido o depoimento das testemunhas e colhidos as provas.

Leia o que disse o promotor na Ação Penal contra o advogado Dr. Joney, de Joselândia.

“MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por meio do Promotor de Justiça infra-assinado, no uso das Atribuições (...), vem apresentar DENÚNCIA em face de: JONEY SOARES SANTOS, brasileiro, advogado, nascido em 26 de junho de 1986, endereço em Joselândia/MA... pelos fatos adiante aduzidos:

O Denunciado, mediante paga ou promessa de recompensa, encomendou (mandante) a morte de Gecione Diniz Lima.

Conforme consta dos documento anexos, no dia 26 de abril de 2022, a Vítima estava em sua fazenda e, junto com o vaqueiro Francimar de Miranda Pereira (empregado da fazenda), doravante denominado apenas como Vaqueiro, teriam ido cuidar de um ferimento em um carneiro.

Ocorre que o Vaqueiro retornou sozinho. O Vaqueiro alegou que a Vítima tinha ido em direção a um açude, pois foi picado por abelhas. A família foi alertada do sumiço da Vítima e rapidamente se deslocaram ao sítio; se dividiram em dois grupos e saíram em busca da Vítima. O Vaqueiro, por ser a última pessoa que viu a Vítima, foi em um desses grupos.

Há relatos que o Vaqueiro, por diversas vezes, tentou despistar o grupo em que estava, desviando do local onde estaria a Vítima, mas como os familiares conheciam a fazenda, não teve sucesso.

Vaqueiro Francimar


O corpo de Gecione Diniz Lima foi encontrado próximo ao curral da fazenda. Ele estava com uma grande pancada na cabeça, com vários outros machucados, estava lavado e com as mãos amarradas com uma camisa.

Nesse instante, George Diniz Lima (irmão da Vítima) interrogou o Vaqueiro sobre o que tinha acontecido.

Tânia da Silva Lima (filha da Vítima) em choque e aos prantos chorava a morte brutal do pai e acusava o Vaqueiro de tê-lo matado.

O Vaqueiro, em um surto de fúria, parte em direção a Tânia, aplicando nela diversos golpes de facão.

George Diniz Lima (irmão da Vítima) saca uma arma que tinha consigo e atira contra o Vaqueiro no intuito de salvar sua sobrinha (Tânia).

Os tiros fizeram cessar os ataques a Tânia.

George Diniz Lima, com o Vaqueiro já contido, questionou a ele quem tinha mandado matar seu irmão (a Vítima), foi quando o Vaqueiro declarou: “Dr. Joney”.

Lamentavelmente o Vaqueiro foi a óbito pelos disparos.

No entanto, consta destes autos depoimentos que comprovam o vínculo do Denunciado com o Vaqueiro e a união deles em diversas empreitadas criminosas, envolvendo o furto de animais, alguns da fazenda da Vítima.

Como se não bastasse, há testemunhas que informaram que o Denunciado teria confessado que mandou matar a Vítima por causa de uma dívida de aluguel de pastos.

Com efeito, para fins de Denúncia, tanto a materialidade quanto a autoria delitiva estão demonstradas.

Assim, presentes as provas de autoria e materialidade, o Ministério Público denuncia JONEY SOARES SANTOS, pelos delitos do art. 121; §2o, II e IV, c/c art.29, todos do Código Penal, e pugna, assim, pelo recebimento da presente DENÚNCIA, requerendo que, recebida e autuada como AÇÃO PENAL, seja o réu citado a responder à acusação no prazo de 10 (dez) dias, adotando-se o rito do art.406 e seguintes, até sua condenação pelo Tribunal do Júri.”

Vamos aguardar o desfecho da audiência que acontece nesta quarta-feira, em Joselândia.


Mais 

Fazendeiro é assassinado na zona rural de Joselândia

https://www.carlinhosfilho.com.br/2022/04/fazendeiro-e-assassinato-na-zona-rural.html

Dr. Joney: “Vou provar minha inocência e provar que fui vítima de armação”

https://www.carlinhosfilho.com.br/2023/08/dr-joney-vou-provar-minha-inocencia-e.html

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1 Comentários

  1. Esse denunciado é invejoso, quer ter as coisas sem puder, mas se ele fez tem que pagar

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