Em Pedreiras, uma mãe desesperada deseja a morte do próprio filho envolvido no crime

As mães sempre foram conhecidas por sua natureza protetora, defendendo seus filhos com unhas e dentes, mesmo quando eles estão errados. No entanto, em Pedreiras, um caso desafia essa realidade. Dona Ivânia Santana Costa, uma mãe que há anos sofre com os problemas causados por seu filho, Gabriel Santana Costa, conhecido como Biel, fez uma declaração surpreendente e dolorosa na segunda-feira (12).

Gabriel, atualmente com 25 anos, começou a trilhar o caminho do crime ainda criança, segundo a própria mãe. Aos 10 anos de idade, ele já cometia seus primeiros delitos. Ao longo dos anos, o nome de Gabriel Santana se tornou um dos mais conhecidos no mundo do crime em Pedreiras, tanto para a polícia quanto para a comunidade local.

Na segunda-feira, dona Ivânia esteve na Delegacia Regional de Pedreiras, onde, em uma entrevista ao programa Tribuna 101 da Rádio FM Cidade de Pedreiras, revelou que deseja a morte do próprio filho. A declaração chocante ocorreu após mais um episódio de violência e conflito envolvendo Gabriel.

Durante o último fim de semana, Biel pegou a moto da mãe e do padrasto escondido e foi perseguido pela polícia. Ele conseguiu fugir, se escondendo em um matagal atrás de um bar no povoado Bom Jesus, em Lima Campos. No entanto, antes disso, ele teria agredido o padrasto, quebrando sua cabeça com uma pedra, além de danificar a casa, quebrando as telhas e ameaçando sua mãe de morte.

Na delegacia, Ivânia relatou que foi insultada por Gabriel e, em um momento de mistura entre revolta e tristeza, expressou seu desejo pela morte do filho: "Quem quiser fazer um mal com ele, que faça, pois eu não vou atrás de polícia porque ele morreu", desabafou.

Ao ser questionada se não considerava estranho ou errado desejar a morte do próprio filho, Ivânia respondeu com franqueza: "Ele não respeita a mãe dele, ele cai em mim só de besta fera e desgraça e estava com uma tora de pau ameaçando jogar em mim. Se matarem ele, pra lá mesmo ele fica, porque nem o velório dele na minha casa eu quero", afirmou, evidenciando o profundo desgosto e cansaço emocional que vem enfrentando.

Durante a conversa, a mãe de Gabriel afirmou várias vezes que a morte do filho seria um alívio tanto para ela quanto para a família. Essa declaração levanta uma questão angustiante: seriam essas palavras ditas em um momento de raiva e desespero, ou, para ela, a morte do próprio filho seria realmente um alívio?

Este caso em Pedreiras expõe o extremo da dor e do desespero que uma mãe pode sentir quando se vê impotente diante do envolvimento de um filho no mundo do crime.

Com informações de Coutinho Neto